Este ano, e pela terceira vez consecutiva, participei na maratona da Puebla da Sanábria, aqui perto na vizinha Espanha. É uma daquelas maratonas que tenho grande vontade de ganhar, o ano passado poderia tê-lo conseguido não fosse uma corrente partida que me fez terminar em 4.º à geral. Este ano preparei-me com mais afinco para atingir o meu objectivo e foi quando quase tudo me aconteceu. Quando liderava a dita prova e sensívelmente ao km 30, numa descida com um gancho apertado, aperto os meus novos travões a estrear (shimano deore 2010) e oiço um estouro, fico sem travão da frente, saio do trilho, entro no trilho e tento perceber o que aconteceu, fico com a impressão que as pastilhas por excesso de calor, e a travagem forte tenham descolado (no problem, lets go), com o travão de trás consigo desenrascar-me. Lanço-me novamente na descida e começo-me a debater-me com problemas de direcção, a bicicleta fugia-me ligeiramente de frente, com especial dificuldade nas curvas, acabo por ser apanhado por quem me perseguia de perto e passado no que restava de descida. Nas zonas a rolar consegui apróximar-me, mas, e isto não consigo explicar, só sei que sem asas nem avião consegui levantar voo e fui aterrar com a cabeça e a face num calhau, fazendo-me parar muito mais rápido que os meus novos Deore 2010. Entretanto e durante o voo bati com a mão direita provocando-me um ferimento que se tornou bastante doloroso. Ainda assim, continuei, fazendo grande parte dos restantes 15 km com o parceiro com quem terminei no ano passado, o Francisco Travassos, se bem que este ano em posições de menos destaque, 11.º e 12.º aexequo (obrigado pela companhia).
No fim, e quando já se apanhavam as canas, é que percebi o que realmente tinha sucedido, o meu cubo FRM de carbono "superleve!!!!!" partiu (a falange onde aperta o disco separou-se do resto do cubo), daí ter ficado sem travão, em consequência disso e como eu uso uma suspenção cannondale lefty, e esta apoiar em dois rolamentos no cubo, e um deles estar na falange que se partiu, a roda ficou solta, abanando lateralmente, motivo pelo qual eu sentia dificuldade em controlar a frente da bicicleta e provocando à posteriori a minha queda.
E como disse em cima 'À terceira ainda não foi de vez', para o ano há mais.
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