domingo, 30 de dezembro de 2012

Provavelmente a última pedalada do ano


Há já algum tempo que não aparecia por aqui, mas como diz o ditado, não há duas sem três e nem sempre à terceira é de vez, mas de qualquer forma aqui vai e espero que desta me mantenha por mais tempo.
Desta feita e como diz o título é provável que tenha sido a minha última volta de bicicleta este ano.
Foi uma volta mista como as sandulas ou os croissants, por estrada e monte, agrada sempre a todos, e estes são dos bravos, dos que querem devorar quilómetros, que não se preocupam com as subidas nem com as descidas nem tão pouco ter que andar a pé. Trazem-me memórias de um grupo de há muitos anos, mas na altura eramos poucos, sim, poucos a andar de bicicleta, fosse de estrada ou monte, eram dos que saíam de manhã cedo e so chegavam ao fim do dia a casa, sempre com vontade de andar fizesse chuva ou sol, subisse muito ou nem por isso, o que interessava mesmo era o prazer de andar de bicicleta, fosse ela boa ou má, transcendendo os apetrechos xpto, dando somente ênfase ao facto de podermos apreciar o que muitos nem sequer irão ver em toda a sua vida, mesmo estando ali ao lado, as muitas molhas, o muito frio, mas sempre com aquele brilho de cada vez que combinavamos outra saída, e isto é terapia e une-nos com um elo que só nós reconhecemos.
E hoje pude novamente sentir isso com um grupo muito mais numeroso que o original, que por acaso se encontrava presente na sua totalidade, e, apesar da dureza do percurso, ritmo imposto e as várias paragens que fizemos, a disposição era do melhor e não ouvi sequer um queixume, o que normalmente acontece. Será que esta gente finalmente percebeu a essência disto, que e resumidamente a bicicleta é só um instrumento de obtenção de prazer, que no meio de tudo o que podemos vivenciar não tem a importância que querem atribuir-lhe, que é somente um objecto. Ou será que eu é que estou errado?

Imagem típica da nossa terra

Tasca típica em Rio de Honor O Preto



Imagem característica do Parque Natural de Montesinho