segunda-feira, 26 de julho de 2010

E à terceira não foi de vez

Não, não foi mais um empeno.
Este ano, e pela terceira vez consecutiva, participei na maratona da Puebla da Sanábria, aqui perto na vizinha Espanha. É uma daquelas maratonas que tenho grande vontade de ganhar, o ano passado poderia tê-lo conseguido não fosse uma corrente partida que me fez terminar em 4.º à geral. Este ano preparei-me com mais afinco para atingir o meu objectivo e foi quando quase tudo me aconteceu. Quando liderava a dita prova e sensívelmente ao km 30, numa descida com um gancho apertado, aperto os meus novos travões a estrear (shimano deore 2010) e oiço um estouro, fico sem travão da frente, saio do trilho, entro no trilho e tento perceber o que aconteceu, fico com a impressão que as pastilhas por excesso de calor, e a travagem forte tenham descolado (no problem, lets go), com o travão de trás consigo desenrascar-me. Lanço-me novamente na descida e começo-me a debater-me com problemas de direcção, a bicicleta fugia-me ligeiramente de frente, com especial dificuldade nas curvas, acabo por ser apanhado por quem me perseguia de perto e passado no que restava de descida. Nas zonas a rolar consegui apróximar-me, mas, e isto não consigo explicar, só sei que sem asas nem avião consegui levantar voo e fui aterrar com a cabeça e a face num calhau, fazendo-me parar muito mais rápido que os meus novos Deore 2010. Entretanto e durante o voo bati com a mão direita provocando-me um ferimento que se tornou bastante doloroso. Ainda assim, continuei, fazendo grande parte dos restantes 15 km com o parceiro com quem terminei no ano passado, o Francisco Travassos, se bem que este ano em posições de menos destaque, 11.º e 12.º aexequo (obrigado pela companhia).
No fim, e quando já se apanhavam as canas, é que percebi o que realmente tinha sucedido, o meu cubo FRM de carbono "superleve!!!!!" partiu (a falange onde aperta o disco separou-se do resto do cubo), daí ter ficado sem travão, em consequência disso e como eu uso uma suspenção cannondale lefty, e esta apoiar em dois rolamentos no cubo, e um deles estar na falange que se partiu, a roda ficou solta, abanando lateralmente, motivo pelo qual eu sentia dificuldade em controlar a frente da bicicleta e provocando à posteriori a minha queda.
E como disse em cima 'À terceira ainda não foi de vez', para o ano há mais.
Vemo-nos na Subida al Peñon - www.subidaalpenion.com
Cumps

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Dizem que à terceira é de vez

Desde Fevereiro que não participava em nenhuma maratona, e com vista à minha segunda participação na Maratona Extreme Xurés/Gêres decidi, a convite de um amigo, fazer algumas provas do campeonato de maratonas do Inatel Viseu, designado de Up and Down (www.upanddownbtt.com). Tendo feito a de 20 de junho em Castro D'aire e ontem a de São Pedro do Sul, onde, pela segunda vez desde que pratico ciclismo, e ja lá vã0 13 anos, estive a ponto de colapsar em plena maratona. A causa, em ambas as vezes, foi desidratação. Se a primeira foi no Outono, motivado por excesso de agasalho e por falta de ingestão de l'iquidos em quantidade suficiente, ontem foi mesmo pelo intenso calor que se fez sentir, com temperaturas de 40 graus em longos troços do percurso, apesar de ter ingerido cerca de 3 litros de água e sais a rapidez com que desidratava era brutal e largamente superior a velocidade com que me hidratava, tendo inclusive sido a minha estreia a parar em abastecimentos nas maratonas para me abastecer de liquidos.
O dia de ontem recordou-me, uma vez mais, a humildade e respeito que devemos ter para com os elementos naturais, não os substimando, coisa que faço com regularidade, só me restando a esperança de que à terçeira não seja de vez.
Fiquei surpreendido com a quantidade de participantes, não na maratona mas sim na meia, cerca de trezentos, n'umeros aos quais não estou habituado. Boa organização geral.
Haaa, e já agora, para quem gosta de dureza, não só do terreno mas também dos adversários, recomendo experiência, a próxima é dia 25 em Viseu.