Há já algum tempo que não aparecia por aqui, mas
como diz o ditado, não há duas sem três e nem sempre à terceira é de vez, mas
de qualquer forma aqui vai e espero que desta me mantenha por mais tempo.
Desta feita e como diz o título é provável que
tenha sido a minha última volta de bicicleta este ano.
Foi uma volta mista como as sandulas ou os
croissants, por estrada e monte, agrada sempre a todos, e estes são dos bravos,
dos que querem devorar quilómetros, que não se preocupam com as subidas nem com
as descidas nem tão pouco ter que andar a pé. Trazem-me memórias de um grupo de
há muitos anos, mas na altura eramos poucos, sim, poucos a andar de bicicleta,
fosse de estrada ou monte, eram dos que saíam de manhã cedo e so chegavam ao
fim do dia a casa, sempre com vontade de andar fizesse chuva ou sol, subisse
muito ou nem por isso, o que interessava mesmo era o prazer de andar de
bicicleta, fosse ela boa ou má, transcendendo os apetrechos xpto, dando somente
ênfase ao facto de podermos apreciar o que muitos nem sequer irão ver em toda a
sua vida, mesmo estando ali ao lado, as muitas molhas, o muito frio, mas sempre
com aquele brilho de cada vez que combinavamos outra saída, e isto é terapia e
une-nos com um elo que só nós reconhecemos.
E hoje pude novamente sentir isso com um grupo
muito mais numeroso que o original, que por acaso se encontrava presente na sua
totalidade, e, apesar da dureza do percurso, ritmo imposto e as várias paragens
que fizemos, a disposição era do melhor e não ouvi sequer um queixume, o que
normalmente acontece. Será que esta gente finalmente percebeu a essência disto,
que e resumidamente a bicicleta é só um instrumento de obtenção de prazer, que
no meio de tudo o que podemos vivenciar não tem a importância que querem
atribuir-lhe, que é somente um objecto. Ou será que eu é que estou errado?
Tasca típica em Rio de Honor O Preto
Muito bem amigogostei das tuas palabras, realmente eramos poucos mas duros...
ResponderEliminar"Mais vale andar sozinho do que mal acompanhado"
ResponderEliminaraqui está a esencia do que é andar de bicicleta, na mais primitiva forma!!
Gostei.
Miguel Morais